21 de dez. de 2009

I see dumb people

Uma das coisas que irritam profundamente é a incoerência de discurso, principalmente a incoerência de discurso daqueles que falam cheios de razões sobre determinado assunto e vem dar uma de (palavra que eu odeio, mas ainda não encontrei uma que a substitua) pseudo-intelectualizado.

Porra, se você for dar um discurso cheio de lições, please, honey, seja coerente. Um dia no ônibus estava a ouvir um rapaz “cheio de marra” a reclamar da “porra do sistema capitalista”, “dessa merda de burocracia”, “do controle social” e “do maldito tio Sam”, bem até aí, tudo bem, podia ser um esquerdista radical, nem sei se isso pode ser considerado esquerdista, mas com certeza se considerava um, pra mim tudo bem, pode ser o “o diabo de quatro” que eu estou pouco me importando.

Logo depois desse discurso político - social –engajado – rebelde, o cidadão me vem cheio de pérolas estilista, de como tudo que não faz parte do padrão classe media alta, eixo sul e sudeste do país fosse uma porcaria, você não é obrigado a gostar, mas no mínimo respeitar as manifestações artísticas populares. falou ainda que queiria trabalhar com publicidade, oi? A publicidade é o que movimenta o sistema capitalista! Ainda veio com um discurso machista, elitista e quase como racista ao falar das mulheres das camadas sociais mais baixas. E só para completar nós estávamos em um ônibus para ir ao show de bandas estadosunidenses.

No fim só se achava melhor que os outros por ter nascido em uma classe abastada, e por isso ter o poder de apontar todos os malditos defeitos do mundo e sem mover a bundinha burguesa para mudá-lo, apenas fazendo criticas sem fundamentou, ou ao menos convicção pessoal, uma vez que ele se encaixa no perfil duramente criticado por ele.

Bem, isso me deixou puta, e olha que já faz três meses que eu conheci o cidadão. E não, ele não falava comigo, ele falava alto.

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