6 de nov. de 2010

Ainda sobre as eleições 2010

Como sempre estou atrasada nas notícias, eu fiquei sabendo no meio dessa semana que uma estudante de direito, supostamente da elite intelectual da nação, que destilou todo o seu preconceito no twitter.

Esta pessoa acima usou como escopo a vitória da primeira presidenta canarinha para usar termos preconceituosos, racistas quiçá elitistas colonial contra a população do nordeste e norte do país.

Eventos como esses escancaram o ranço do preconceito do Brasil colonial, onde a elite branca européia dominava o país. Ainda bem que esse passado sombrio brasileiro vem sendo deixado apenas nos livros de história, para servirem somente de alerta para não mais incidirmos nos mesmos erros grotescos pretéritos. Entretanto, alguns herdeiros da elite branca européia conservam o saudosismo deste passado inglório e, infelizmente, conservam a mesma mentalidade retrograda.

Serei sincera, não fiz campanha para nenhum candidato, como dito no post anterior, mas tenho que confessar que fiquei feliz com a vitória da nossa futura presidenta, fique sim.

A política que ela defende, e o nosso atual presidente defende, pode enfurecer muitos que tentam manter o grande abismo econômico-social que os separam das classes menos favorecidas. Tenho que admitir que muitos que combatem essa política a maioria das vezes apenas repetem o discurso de seus ancestrais, e nem sabem ao certo a implicação de suas afirmativas.

Na boa, eu nunca passei fome, eu não sei o que é passar fome, eu não imagino abrir a geladeira e não ter o que comer. O que esses programas do governo fazem é distribuir renda para os que não têm condição, dar a chance de essas pessoas terem o arroz com feijão todo o dia. E não me venham falar que essas pessoas são pobres por pobreza de espírito.

Não ousem dizer isso, vocês que tem acesso a três refeições diárias, que tem educação e saúde, vocês que tem perspectiva de futuro. O que esses programas fazem é tentar dar uma perspectiva de futuro a essas pessoas. Eu creio que estes programas não vão mudar a mentalidade da geração de agora, mas os filhos destes, que terão a possibilidade de sonhar, já que não terão que preocupar com o pão diário.

Não venham, também, arguir a corrupção para desabonar tais programas, não é por causa da corrupção da classe política que se deve retirar a assistência estatal dos menos favorecidos, o que se deve fazer é combater a corrupção. Tenha-se sempre em mente que a função do Estado nada mais é que garantir o bem estar de TODOS.

A estudante do início do texto e os demais que se juntaram a ela no coro preconceituoso alegaram, basicamente, que “o povo do norte e nordeste queriam viver de esmola do sul e do sudeste”. Veja bem, meu bem, se o sul e sudeste são mais desenvolvidos economicamente foi por que o governo por longos séculos fecharam os olhos para as demais partes do país, concentrando todo desenvolvimento da nação a essas regiões.

O que tais políticas visam mudar é isso, distribuir melhor o desenvolvimento nacional, tentar diminuir os abismos sociais. E isso assusta aqueles que estão, agora, por cima da carne seca, uma vez que correm o risco dos demais se equiparam a eles socialmente, e aquela, forçosa superioridade social, não mais existirá, os abismos não mais existirão e eles não mais serão os poucos donos do Brasil.

Não digo que o governo da futura presidenta vai resolver todos os problemas e abismos brasileiros, o governo atual não fez isso, mas espero que eles dêem os primeiros passos a um futuro mais nobre ao Brasil.

Não digo, também, que o governo atual e nem o futuro será o melhor de todos, não será perfeito, como nenhum governo é, todos terão seus prós e seus contras.

Por fim, torço profundamente por esse governo que está por vir, torço para que o Brasil comece com uma nova forma de governo, mais assistencialista, mais justo, onde todos terão a o quinhão que lhe é direito e o abismo social não seja tão vertiginoso ou nem exista mais.

Obs.: Não sou analista política, é apenas uma opinião, quem sou eu para ser a dona da razão. Sou apenas uma brasileira que quer um país melhor, sem clichês.

1 de nov. de 2010

Breves impressões sobre o ano de votação

Com o fim das eleições veio aquele sentimento de vergonhinha do Brasil como um todo.

A primeira coisa me enrubesceu-me foi o tom das campanhas políticas do segundo turno, ataque pessoal e apelo religioso por parte de ambos os candidatos.

Não posso dizer que assisti propagandas políticas, mas o pouco que absorvi por osmose mostrou-se mais uma guerra pessoal do tipo “vou contar que você tirou meleca do nariz” que qualquer outra coisa, ao invés dos presidenciáveis e os governáveis mostrarem propostas, ocuparam-se se mostrar o podre alheio, quando o que deveria ser o foco das campanhas eram os projetos futuros.

Ainda quanto ao tom das campanhas, surgiu o boato que certa presidenciável seria a favor do aborto, nem adentrando a esfera que este seria correto ou não (só para constar, na minha humilde opinião o aborto deveria ser legalizado), na mesma hora o outro presidenciável lançou mão de pastor em sua campanha para defender os bons princípios cristãos. E, não sei como um senhorzinho do Vaticano veio meter o bedelho nas eleições cá em terras brasileiras alertando aos bons católicos não votarem no nefasto candidato.

Fato é que religião e política em um Estado Democrático, que para ser democrático pressupõe este ser laico, não podem ser comunicar, em nenhuma hipótese. Deveria, então, ser vedado aos lideres religiosos manifestar seu apoio a quem quer que seja.

Por fim, outra coisa que me deixa profundamente constrangida é quando havia uma tentativa de dialogo acerca do tema, alguns me diziam “não vou votar nessa presidenciável por que ela é BREGA”, “ela é um CANHÃO” ou pior, “não votarei nela porque ela é um SAPATÃO”. Agora me diga, desde quando esses predicados retro citados são atestados de competência para governar?

Apenas para terminar, alerto que não sou partidária e acho que defender ideologias é uma coisa ultrapassada e perigosa. Defino-me como simplesmente pragmática política.

3 de jul. de 2010

Por favor, não leiam...

Há tempos não escrevo, sei. Sei, também que provavelmente não tem sido de grande falta a ausência de minhas letras, minha medíocre literaliedade, meus desabafos desesperados sobre assuntos torpes.

Não escrevo por sentir um gigantesco vazio, como se minhas idéias e pensamentos evadissem de minha massa cinzenta.

Tudo me parece demasiadamente entediante. Tornei-me bitolada, completamente bitolada.

Quanto mais absorvo teorias e outras coisas afins, tudo que eu sei parece superficial, Não é bom o suficiente.

Enrubesço com minha ignorância, Eu não sei nada e com o passar do tempo menos pareço saber, é desesperador.

Oh, por que nasci tão intelectualmente limitada...

29 de abr. de 2010

Apenas um comentário raivoso

Sabem qual é o sonho de uma formiga diabética suicida?
Não?
Matar-se comendo doce... eu nem te conto de quem é esse sonho...
A doce morte...

25 de abr. de 2010

Só um comentário

Uma das coisas que eu adoooooro no domingo é o repórter Record, por que every single Sunday tem uma matéria falando da perseguição da “emissora dos irmãos marinho” a “igreja evangélica”, na boa, é quase esquizofrênico.

Não, não estou defendendo a “emissora dos irmãos marinho”, e isso nem é a questão.

Não, eu não estou discutindo religião, por que eu não discuto religião, é um daqueles assuntos que não tem como discutir, assim como o futebol e o gosto musical.

E sim, eu só estou fazendo um comentário, do quanto é engraçado essa situação, e só, nada mais. Pronto, sem polêmicas. =DDD

11 de abr. de 2010

A melhor Páscoa da minha vida

Ainda bem que inventaram o ovo de páscoa diet, sim, eu sei que ele é mais gorduroso e, ah, sim, eu também sei que é melhor eu comer só um pouquinho do chocolate normal, antes de contestarem o meu amor pelo ovo de páscoa diet deixe-me explicar:

- honey, já se foi o tempo que produto diet era ruim, muitas vezes eles são até mais gostosos que o normal, o ovo de páscoa diet é um ótimo exemplo, o gosto do chocolate era tão bom que se assemelhava ao chocolate que comi em Gramado, quando eu não era diabética;
- faz mais de seis meses que eu não comia chocolate, embora eu continue tomado achocolatado, comer, comer eu não comia. Foi o evento, eu comer chocolate após tanto tempo, e definitivamente não me decepcionou!
-o açúcar me faz mal, causa-me um mal estar súbito, creio que deve ser por causa do BOOM de açúcar simples após tanto tempo sem consumi-lo, então achamos melhor comer o diet que não causaria o mal estar que eu sinto ao comer açucar, imagino que qualquer pessoa que a corte da dieta sinta-se mal quando a consome em grandes quantidades.

Enfim, foi uma boa páscoa, foi bom comer chocolate novamente e imagino que a vida de agora para frente será assim, aprender a viver com limitações alimentares, e como a minha endocrinologista me disse: o mundo não precisa acabar em comida.

31 de mar. de 2010

Páscoa sem Chocolate

Bom, essa é a minha primeira páscoa sem chocolate... e eu nem sei o que dizer, queria falar que “que tá tudo bem”, ou quem sabe forçar um pouco e dizer “ eu nem mais me importo com isso” ou que forçar grandão e dizer “ que chocolate que nada, eu tenho Jesus no coração”, mas eu simplesmente não posso!

É fato sabido por todos que não tá tudo bem, que eu me importo muito com isso e sobre o meu coração estar habitado, eu sou agnóstica, entonces, eu estou me revoltando novamente, porque não é justo. NÃO É JUSTO eu ligar a televisão e ver propaganda de chocolate, ao assistir o telejornal e ver a cidade Gramado e seus hediondamente deliciosos chocolates, ir ao supermercado e ver quilos e quilos de chocolate em forma de ovo pendurados em forma de um cruel túnel, e todos falarem de como seus ovos de chocolate são gostoso, ver documentário sobre chocolate e eu aqui...

Eu sem chocolate, a formiga diabética! Onde há justiça nesse mundo? Sabem aquela máxima que diz “ache o que você goste e faça pelo resto de sua vida”? Eu tinha achado, mas perdi, e estava quase achando o que eu amava de novo e vem essa bagaça da páscoa e todas aquelas pessoa felizes com seus ovos de chocolate e eu aqui, sorrindo, fingindo que tá tudo bem, que eu não me importo, quando na verdade desejo morrer por não poder estar com eles comendo todos aqueles ovos hediondos...

27 de mar. de 2010

Demorou, mas chegou!!!

Após procrastinações em demasia... minto, de fato encontro-me muito atarefada, but i did, postarei algumas fotos tiradas no show do Guns com o celular da minha madre... entonces elas ficaram um pouco longe mostra como o show foi super hiper mega cool e oitentista e como eu estava próximo do palco, pero ai vão as fotos










Obviamente não estão na sequência que ocorreu o show.
Bem, são apenas algumas, mas como o tempo é que me falta, postarei apenas esta... e digo mais uma vez, SUPER VALEU A PENA!

13 de mar. de 2010

Realmente tudo vale a pena quando a alma não é pequena...

Bom, como eu já previa o show foi mais que ótimo. Para ser sincera, foi melhor que eu imaginei e, só para constar, eu estava tão, mais tão perto que vi os olhos do Axel e deu para ver todos os mínimos detalhes.

O show foi super oitentista mesmo, todo o tipo de firula da época com o plus da tecnologia atual. Fogos de artifícios, lança-chamas, telões, pianos surgindo no palco e muitos solos de guitarra.

Sem contar a emoção de ouvir os clássicos que marcaram a minha vida serem executados ao vivo e com toda aquela produção, por que, juro a vocês, que foi um show muito bem produzido.

Já vieram de dizer “ah, eu ouvi que o Axl estava sem voz”, “que o Axl tá gordo”, “que o Axl tá velho”. Vou parecer fã fanática falando, mas pensem comigo:
- é inveja de quem queria estar lá, por que quem foi A-M-O-U, todos saíram sorrindo que eu, todos em um êxtase divino de ter sua alma acolhida. Sei lá, como descrever essa sensação. Para mim foi como voltar pra os meus 10 anos de idade, quando ouvi Guns pela primeira vez;
-eu ouvi o Axl em alto bom som, principalmente quando ele disse: “Do You know where you are?...”
- obviamente o Axl envelheceu sim, ele não morreu jovem, consequentemente ele envelheceu, todo mundo envelhece salvo se você morre jovem...ademais, tem em algum lugar que diz que a pessoa NÃO PODE ENVELHECER ou só pode ser legal se não envelhecer?

Creio que quem falou mal foi só quem não foi ou quem não gosta de Guns, ou seja, não gostaria de qualquer maneira mesmo.

Ah, o Sebastian Bach também foi super, oitentista também, com direito a agudos e cabeleira loira, e a banda dele tinha um guitarrista, bonitinho diga-se de passagem, que parecia ter saído dos Hansons.

Ah, tem também o DJ, o novo guitarrista do Guns, que tá na cara que ele faz as vezes do Slash, é um pedaço de mal caminho.

Não sei por que eu tento resistir, eu ainda adoro Hard Rock dos anos 80, que não se resume a Guns, e ainda acho sexy o jeito daqueles rock stars. Pronto, falei, eu AMO MUITO TUDO ISSO, bem Mc’ Donalds mesmo, e estou pronta pra outra!

16 de fev. de 2010

Please, honey, don't

Por que diabos as pessoas acham que fazer as coisas de qualquer jeito é melhor que deixar sem fazer?

Uma coisa que dona mamãe me ensinou foi isso, se não for para fazer direito, não faça, por que vai dar muito mais trabalho consertar o mal feito do que fazer bem feito.

Arrumar não é pegar a porcaria dos papeis e jogar tudo em uma gaveta, porra, afinal, vai tornar infinitamente mais difícil achar a porcaria do papel que você quer misturado como papeis de toda sorte, então, por favor NÃO arrume as minhas coisas desse jeito.

Se você não quiser se dar ao trabalho de arrumar direito, deixa que eu faço, agora eu perdi a porcaria do papel que eu PRECISAVA, eu não queria a porcaria do papel EU PRECISAVA.

11 de fev. de 2010

Pensamentos insanos de uma mente avarenta

Eu queria ser menos apegada aos bens materiais, ao dinheiro, ao conforto e a tudo que o mundo capitalista oferece às pessoas que dão sorte de nascer do lado certo da sociedade. Fato é que eu sou apegada, sou uma fiel e boa capitalista, embora, creio eu, não ser uma das melhores características.

A mais ou menos um ano fiz uma promessa a mim, que eu iria me divertir mais sem ficar na neura do “como eu fui gastar tudo isso”, afinal, pra que eu vou ficar nessa sovinagem toda se um dia, pode ser breve ou não, tudo isso que eu juntei e economizei não vai mais me ser útil. Lógico que eu não vou sair por aí gastando como se não houvesse amanhã, apenas eu não ia não aproveitar o hoje guardando para um amanhã que nunca chegará. CHEGA DE PROCRASTINAR O LAZER.

Questão é que eu ainda fico muito mal quando eu gasto um pouco (está bem) muito além do que a “meia entrada do cinema”. Eu sei que vai ser uma experiência única, eu sei que a banda não é a formação tradicional, eu sei que vai valer a pena ver minha mãe feliz e empolgada com todo o evento (eu não sei vocês, mas eu gosto de ver meus pais felizes), eu sei que é pista premium, eu sei, eu sei que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena".

Ainda sabendo de tudo, ainda tem aquela sentimentozinho dizendo que você não devia ter gasto tudo aquilo, mas na boa, é só economizar um pouquinho que vai. Vai dá tudo certo, espero, e vamos ficar felizes para sempre, e contaremos a história disso para sempre, por que a vida é feita de momentos e não de bens acumulados, estou certa?

Aposto que minha mente vai ficar nessa lenga-lenga até eu pagar os ingresso e assistir ao show.

4 de jan. de 2010

Tédio define

Pela primeira vez em três anos tenho um recesso ou férias, como quiser chamar, são apenas duas semanas para exercitar o ócio. Tudo perfeito, pero nada é tão simples assim, por que:
1º não tinha dinheiro para viajar;
2º não tinha dinheiro para sair.
E nunca pensei que passar as intermináveis 24 horas do dia em casa fosse tão estressante, o tédio estressa profundamente, sabia?
Tédio define bem o que eu sinto.
Isso é uma lição muito valiosa - só saia de férias quando tiver dinheiro ou plano para o que se fazer com elas, por que o ócio absoluto, no seu estado bruto é cansativo, estressante e só gera tédio...