9 de jan. de 2011

Fredoom

Como este é o primeiro ano de uma nova década nada mais sábio começar, nem que seja em termos, uma vida nova, então, decidi mudar.

Livrei-me de uma das coisas que empatavam a minha vida: o meu cabelo. Talvez alguns achem futilidade, mas esse é um trauma para muitas pessoas, inclusive para mim.

A mudança consistiu em assumir meus cabelos crespos, sim, cabelos livres, soltos e práticos, ou seja, lavou está pronto, e na boa, isso é uma vitória para mim, uma vez que há uns dez anos vivo com meu cabelo escovado.

Nada contra que anda com o cabelo escovado, mas para mim, para vida que eu quero ter e para as minhas convicções filosóficas este tipo de cabelo não servia mais para mim, sem contar que gastava uma hora do meu dia escovando-os, a impossibilidade de suar e de tomar banho de chuva. A escova me tornou sedentária e hidrofóbica.

Quando eu falo do trauma foi que muitas das pessoas que viram e aprovaram o meu novo visual me disseram: ‘nossa que legal, eu nem sei como é o meu cabelo natural’.

Novamente digo que eu não sou a rainha absoluta da verdade e não tenho nada contra quem prefere estar escovado, mas eu acho que isso não devia ser obrigação, todos deviam se sentir bem em sua própria pele e com o seu próprio cabelo. Não devíamos ser escravos buscando ser quem, fisicamente, não somos, sofrendo, podando-nos, mutilando-nos para sermos ‘aceitos’ sabe-se lá por quem. Eu digo isso por mim.

Por fim, olhando no espelho eu penso ‘free, at last, free’, mal consigo esconder minha satisfação com a minha tão sonhada liberdade.

Obs.: todas as opiniões expressas neste texto dizem tão somente a minha experiência e não estou criticando ninguém.

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